
Para ele, a frase do dia 3 de fevereiro foi a do vice-presidente de futebol do Flamengo, Marcos Braz, que admitiu algumas regalias aos atletas Adriano e Vagner Love. Porém, diferente do que o dirigente quis dizer, num raciocínio que não pode ficar resumido a este ponto, foi totalmente omitido para que o colunista pudesse dizer algo que ele acha e não tem coragem de bater no peito para assumir.
Braz, que peca por falar demais, disse sim que os dois têm regalias, mas porque são grandes estrelas que trocaram grandes clubes e salários astronômicos para jogar pelo Flamengo e que, automaticamente, vão honrar a camisa do clube sempre, pois estão ali por puro desejo de atuar com a camisa rubro-negra.
O dirigente está certo? Depende do ponto de vista de cada um de nós. Mas, o que não se pode fazer, é usar um pequeno trecho de um raciocínio muito mais amplo para se dizer o que quer e o que vem a calhar. É muita maldade com o Braz e muita picaretagem do jornalista, que, não é qualquer um, vejam bem. Sérgio Xavier Filho é diretor de redação da revista Placar, uma das principais publicações esportivas impressas do país.
Não contente, Xavier sentiu a necessidade de encerrar seu festival de maldade com chave de ouro. Relacionou o assunto das estrelas do Flamengo com a grande estrela do Corinthians - Ronaldo. Ele destacou a qualidade do atacante em saber se unir ao grupo, deixar os companheiros na palma de sua mão e participar com boas quantias em dinheiro nas caixinhas aos mais novos, finalizando com a categórica frase: “privilégio também se compra”.
Seria um baita erro estratégico de uma estrela querer comprar um grupo de jogadores agradando os mais jovens, sendo que os causadores de problemas em qualquer time são justamente atletas já renomados que, vira e mexe, sentem seu ego ferido quando há alguém melhor e mais badalado ou porque se sentem mesmo no direito de ter mais do que o outro ou de se achar melhor que o outro em diversos aspectos.