
Se a expectativa do futebol paulista ficou restrita a São Paulo e Corinthians, desde o planejamento e contratações das equipes entre dezembro e janeiro, quem tem roubado a cena neste começo de Paulista, sem dúvida alguma, tem sido o Santos.
Deixando a vinda de Robinho de lado, que deu um destaque à equipe, coisa que a imprensa não faz a menor questão de dar, o time, em cinco jogos, mostrou a que veio em 2010 e o quanto pode render, já despertando a atenção de quem menosprezou o planejamento nem um pouco astronômico, se comparado aos times citados na primeira frase. Muito pelo contrário. O Santos teve troca de direção, período de transição do comando, troca de treinador e corte de custos, a começar pela redução do teto salarial, que culminou com as saídas de Rodrigo Souto e Fábio Costa.
Embora tenha citado São Paulo e Corinthians anteriormente, minha intenção não é comparar ninguém ao Santos nem profanar que este é o melhor time do estado ou do país. Longe de mim. Quero apenas destacar a qualidade do futebol praticado pelo Peixe: ofensivo, vistoso, desinibido, rápido, entre muitas outras qualidades que o pessoal do futebol gosta de resumir em “Futebol Moleque”.
A maneira de jogar é muitíssimo parecida à daquela geração de 2002, que arranca muitos cartões do bolso do juiz para o time adversário e tira também muitos palavrões e xingamentos dos marcadores, que detestam as fintas, os passes sofisticados, os dribles humilhantes e, o mais importante, detestam não ver nem a cor da bola na hora de roubá-la.
Um pequeno levantamento que fiz sobre cartão aos adversários. Em cinco jogos, os times que enfrentaram o Santos levaram 19 amarelos e 5 vermelhos.
Abraços e tomara que tenhamos um bom clássico neste domingo!